Adquire conhecimento.



Por alguns dias, estive fuçando a pequena biblioteca doméstica do meu pai à procura de alguma literatura útil para saborear, quando me deparei com um livro chamado 'Não tenho fé suficiente para ser ateu'. Inicialmente não entendi o nome e tive de ler pela segunda vez. Aí então pude refletir melhor sobre o que estava por vir e resolvi encarar a leitura.

Logo no início, o autor faz alguns apontamentos relevantes acerca do cristianismo, de uma forma geral, no período contemporâneo e expõe algumas situações vividas no dia-a-dia por nós como, por exemplo, as perguntas e ponderações feitas pelos ceticistas, agnósticos ou até mesmo adeptos de outras religiões ou seitas.

Isso me fez, de alguma forma, parar para pensar neste assunto, ou seja, os questionamentos ao evangelho, ao Cristianismo, e me despertou para algo que há algum tempo eu não me preocupo: o debate religioso.

Desde os tempos de vestibulando - época em que temos a maior oportunidade de discutir religião, bíblia, Jesus Cristo, e outros assunto da fé nas escolas, cursinhos e rodinhas de estudo - que eu não me pego conversando com algum conhecido, amigo ou parente sobre a minha fé na Salvação por meio de Jesus Cristo, sobre a convicção que eu tenho de que os textos bíblicos realmente foram inspirados pelo Senhor Deus, que os mandamentos e orientações bíblicos são de fato a referência para nortear o nosso comportamento em todas as esferas da vida.

Lembro que todo dia praticamente, eu dedicava uma boa parte do meu tempo para me preparar para as perguntas que pudessem surgir por parte dos meus amigos de colégio. Era um prazer para mim, chegar em casa e debruçar sobre a bíblia ou livros de teologia para procurar respostas sobre as mais variadas perguntas.

Cito algumas: "Você acredita mesmo no 'criacionismo'?"; "Você ainda é virgem? Onde fala na Bíblia que o sexo antes do casamento é errado?"; "Mas Deus não criou o sexo somente para a procriação?"; "Então quer dizer que se eu for uma boa pessoa - não fumar, beber, roubar, fofocar, colar na prova; ajudar ao próximo a atravessar a rua, fizer caridade nos orfanatos e asilos, etc -, mas não acreditar em Jesus Cristo como Salvador eu não vou para o céu?"; "O homem não veio mesmo do macaco? E os cientistas?"; "Mas Deus não é amor? Ele não ama a todos de igual modo? Não somos todos 'filhos de Deus?"; etc. Como se vê, não é preciso uma pessoa muito adulta ou até mesmo culta para formular um questionamento a respeito das verdades bíblicas. O dia-a-dia nos apresenta 'ene' situações passíveis de ter um reflexo sobre os ensinamentos bíblicos. Não importa a idade, sexo, etnia...

O fato é que os questionamentos existem e nós precisamos estar preparados para enfrentar qualquer que seja a indagação. Assim o diz a Bíblia em alguns textos, os quais cito abaixo:

1Pedro 3:15-16 - "antes santificai em vossos corações a Cristo como Senhor; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós; tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, fiquem confundidos os que vituperam o vosso bom procedimento em Cristo.

Provérbios 4:5-7 - "Adquire a sabedoria, adquire o entendimento; não te esqueças nem te desvies das palavras da minha boca. Não a abandones, e ela te guardará; ama-a, e ela te preservará. A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria; sim, com tudo o que possuis adquire o entendimento".

Como se vê, é recomendação bíblica que estejemos preparados para responder às perguntas daqueles que não conhecem a razão da nossa fé. Durante grande parte da sua caminhada, Jesus enfrentou ninguém menos que os caras mais indesejados da época: os fariseus. Eram pessoas extremamente arrogantes, que se achavam donas da verdade, onde muitos eram de fato conhecedores da lei, da Palavra de Deus mas, por razões diversas, adoravam questionar a Jesus. Este, sempre com muita sabedoria e conhecimento da Verdade estampada na Palavra de Deus, respondia aos fariseus de forma clara, contundente e que não dava margem pra réplica. E como fazia isso? Certamente por conhecer as Escrituras e, como não poderia deixar de ser, por orar muito.

E eu? E nós? O que temos feito para obedecer o que o Senhor nos recomendou? Temos feito nossa parte? Dedicado um tempo específico para a prática da alimentação diária da Palavra? Deus nos admoesta a buscá-lo, dentre outras formas, através da leitura da sua Palavra. É importante para uma boa caminhada a melhor orientação que só vem de Deus. Sejemos imitadores de Cristo também pelo conhecer as Escrituras. O Inimigo de nossas almas certamente virá, porém, se estivermos preparados, ele baterá em retirada sem pensar duas vezes; fugirá de nós.


Deus nos abençoe.

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