Fiéis à Palavra do Senhor

Por Pr. Ezequiel Gonçalves Inácio


O inspirado apóstolo Paulo escreveu para a Igreja de Roma que Deus dará vida eterna para os que, persistindo em fazer o bem, busquem glória, honra e imortalidade - Romanos 2:7. Entender bem o que esse trecho da Palavra de Deus ensina para, em seguida, praticá-lo, é um desafio e tanto para aquele que leva a sério a vida cristã.




A maioria dos evangélicos acredita que basta crer, ser batizado, freqüentar os cultos, fazer suas contribuições regulares aos cofres da sua Igreja, para que seja aceito por Deus. Esse texto de Romanos parece acrescentar algo mais. Uma vez que a "descoberta" da Reforma foi que a salvação se alcança unicamente pela fé, a declaração de Paulo parece contraditória. Para salvaguardar a integridade da verdade do Evangelho, vamos oferecer algumas sugestões:


- Primeiro, que a inclusão de fazer o bem seja parte integral da salvação de todos aqueles que abraçam uma fé genuína. Fé viva, afirma Tiago, é demonstrada em obras, não apenas em palavras e boas intenções. Paulo acrescenta que as boas obras devem acompanhar a vida inteira do cristão fiel.


- Segundo, o texto confirma que a esperança de receber a herança da vida eterna (imortalidade) é conseqüência de uma busca, mesmo depois de ter crido sinceramente nas verdades centrais do Evangelho e confiado no Senhor Jesus. "Buscar" significa mais do que apenas esperar. O autor de Hebreus colocou essa necessidade assim: "Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem a santidade, ninguém verá o Senhor". Hebreus 12:14.


- Terceiro, dá para se deduzir que a importância de buscar a glória e a honra, que somente Deus pode conceder, reside no fato de que aquele que não busca não receberá esse grande galardão. Há perigo imensurável de imaginar que o Pai dará ao seu "filho", descompromissado com qualquer valor do Reino, o mais precioso dos seus tesouros.


Não foi essa a lição que Jesus quis frisar em sua conhecida parábola dos servos e dos talentos? Os primeiros dois se esforçaram até dobrar o valor dos seus talentos, enquanto o servo mau e desobediente escondeu seu único talento no quintal. Quando o entregou ao dono, a reação foi imediata e contundente: "Servo mau e negligente! Você sabia que eu colho onde não plantei e junto onde não semeei... Tirem o talento dele e entreguem-no ao que tem dez... e lancem fora o servo inútil nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes: . Mateus 25:26-30 (NVI).


Uma vez convencidos de que a vida eterna pode ser recebida unicamente pela fé no Senhor Jesus, nos resta a tarefa de procurar o sentido de "buscar a glória e imortalidade". Pelo contexto imediato, concluímos que essa busca inclui a prática do bem, não apenas durante alguns dias em que estávamos motivados pelo primeiro amor, mas persistindo em fazer o bem durante toda a vida. A busca requer uma dedicação à vontade de Deus revelada na Bíblia. Paulo entendeu que seu apostolado se resumia no chamado de um povo dentre as nações "para a obediência que vem pela fé" - Romanos 1:5.


Deus nos abençoe!

Olha o Reteté [1]

E não é que a criançada tá aprendendo direitinho?
E a responsabilidade é de quem? De nós, os ADULTOS!
Tudo o que fazemos elas aprendem! Pode ter certeza!
Não esqueçamos jamais da responsabilidade que temos na criação e no ensino das crianças!







Uma observação: no meio do vídeo a menina de rosa dá uma arrumada no cabelo, e no fim o garoto de amarelo vai pro chão bem devagarzinho pra não machucar! Uma pena. Inclusive dos pais infelizes que deixaram isso acontecer.


Deus tenha misericórdia.

Princípio Zancul: devemos dar esmolas?

Por Marcos Roberto Inhauser

José Zancul foi presbítero na igreja de são Carlos quando lá pastoreei. Aposentado do Banco do Brasil, era e é uma homem singular, de uma simplicidade ímpar e de uma obediência invejável à Palavra. A sua generosidade não vi ainda em outra pessoa.

Certa feita estava conversando com ele na garagem da sua casa no cair da tarde, já anoitecendo. Um conhecido pedinte alcoólatra do bairro se aproximou de nós e nos saudou pelo nome, pois nos conhecia e nós a ele. Eu sabia que vinha, uma vez mais, pedir dinheiro e eu já havia decidido que não daria dinheiro a ele para que não gastasse em bebida, pois assim, entendia eu, estaria contribuindo ara o seu vício.




Dito e feito. Ele se virou para o seu Zancul e pediu um dinheiro para comer um sanduíche. Eu estava certo de que o pedinte teria a mesma resposta que eu lhe daria se a mim pedisse. Para surpresa minha, o seu Zancul colocou a mão no bolso e tirou o dinheiro e perguntou se aquilo era suficiente para comprar um sanduíche. O bêbado disse que sim e se foi, agradecendo e pedindo a benção de Deus sobre o doador.

Fiquei surpreso e, ao mesmo tempo, irritado. Do alto de minha convicção e como pastor dele, coloquei minha posição e minha recusa em dar dinheiro àquele homem.  Mais surpreso fiquei ao ver a resposta do seu Zancul: "Ele me pediu dinheiro para comer e eu dei dinheiro para comer. Não me cabe julgar se ele vai comer ou não, cabe dar a quem está com fome e a mim assim declara. Se eu não der, estou julgando. Se eu julgar, fico com o juízo. Se eu dou, fico com a benção. Se ele comer o sanduíche, a minha benção se estenderá a ele. Se ele gastar em bebida, ele fica com o juízo de Deus por ter mentido, mas ainda assim a benção é minha. Não esqueça, pastor, que Jesus ensinou que Ele esteve com fome e não lhe demos de comer, teve sede e não lhe demos de beber, esteve preso e não o visitamos, nu e não o vestimos. Não sei como e nem por que, mas cada vez que vejo uma pessoa assim na minha frente, vem a mim a pergunta: será que é Jesus Cristo me pedindo?"

Saí dali de cabeça baixa, entendendo haver muita sabedoria naquela simplicidade generosa. Aprendi ainda que nem sempre a coloquei em prática, para demérito meu. Nas vezes em que o "princípio Zancul" foi aplicado por mim, meus filhos e minha esposa, tivemos a certeza de que ele tinha razão: a benção foi nossa em ajudar.

Fonte: Correio Popular (Campinas)
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