Páscoa é a conquista de uma vida nova.

Por Rev. Misael Lemos Silva

Antes de Jesus, animais eram sacrificados no lugar de pecadores. A páscoa com Jesus foi diferente por muitos motivos, o principal deles é que Ele ressuscitou. Jesus vive! Esta notícia levantou os discípulos e os conduziu para a experiência dias depois do Pentecostes quando receberam do alto poder incrível que encerrou todo um período de fuga, frustração, medo, tristeza e incertezas. Para Pedro, que o havia negado, a ressurreição trouxe a esperança de pôr fim na pendência do seu relacionamento com Jesus, e para cada um de nós é uma oportunidade de vencer algum entrave que se instalou em certo momento na nossa história.

A notícia de que Cristo vive foi e ainda é nova chance de vida, esperança de com Ele termos acesso a Deus e assim receber do alto, força para superar, paz para não se desesperar com a perseguição ou com a falta de condições de sobrevivência, fé para esperar e visão para projetar a vida na dependência total de Deus.


No livro de Êxodo cap. 12 a páscoa é instituída por Deus no Egito onde seu povo vivia explorado - páscoa é o anúncio de um novo tempo que está por chegar mesmo quando ainda estamos no lugar de conflito, de opressão e de dor. Deus estava agindo em resposta ao clamor do povo - Páscoa é um acontecimento de salvação em resposta à oração. Disse ainda Deus que deveriam matar um cordeiro de um ano, macho e sem defeito - Páscoa é salvação por meio da vida do Cordeiro Santo, Jesus, que foi sacrificado em nosso lugar. O sangue do cordeiro deveria ser passado nos portais das casas para quando à meia noite viesse o anjo da destruição, ao ver o sangue "passaria por cima" e assim não feriria o primogênito que ali morasse - Páscoa é a marca de Deus em nossa vida, garantia do desvio do mal. Deus disse que o povo deveria estar de prontidão para partir imediatamente - Páscoa é preparar-se para seguir um novo caminho de fé indicado por Deus. 

Depois da páscoa veio o pentecostes, quando homens e mulheres desconfiados e anulados foram despertados e capacitados para viver altaneiramente e assumir posições de transformadores.

Todos querem viver essa etapa de superação, reorganizar a vida em grande estilo, mas não podem se esquecer de que sem Páscoa não houve Pentecostes, também não adianta apenas passar pela experiência da páscoa, nela definimos nossa convicção espiritual, mas no Pentecostes recebemos poder para manter essa convicção e para viver sob os efeitos da páscoa: vida abundante e vitoriosa em Cristo. Não pense que nada foi feito para mudar as situações precárias de nossas vidas. Deus não nos deu um chocolate ou um cartão com esperança de adoçar a vida ou desejar um dia de páscoa feliz, isso fazemos bem, porém o que foi conquistado para nós vai muito além - é para toda a vida, para a eternidade!

Verdades sobre a Maçonaria (algumas...)

Pastor Bruno Monteiro

O INICIO DA MAÇONARIA

Alguns dizem que o primeiro maçom foi Adão. Surgindo a maçonaria no Éden, ou que ela remonta a mais antiga história da civilização humana e se perdeu nas brumas do tempo. Exageros à parte, vejamos até onde a história registra o seu surgimento.

Muitos escritores maçônicos são de opinião que a maçonaria teve sua origem numa confraria de pedreiros, criada por Numa, em 715 a.C., que viajava pela Europa construindo basílicas.
Alguns acham que ela teve uma origem mais remota: seria originária dos antigos mistérios pagãos religiosos do velho Egito e da antiga Grécia. Outros admitem que ela se originou por ocasião da construção do templo de Jerusalém, no reinado de Salomão.




INICIO DA MAÇONARIA MODERNA
De acordo com a maioria das autoridades maçônicas, a maçonaria moderna teve seu primeiro registro com a fundação da primeira Grande Loja, em Londres, 1717.


SUA CRENÇA

A maçonaria acredita num Ser Supremo que chamam Grande Arquiteto do Universo (G:.A:.D:.U:.), exigindo de seus candidatos a crença neste ser não definido e inominado; comum a todas as religiões. Possui rituais próprios, de adoração, casamento, funerais, festas, juramentos, iniciações e para as reuniões ordinárias e formais. Reúnem-se em Templos, onde encontram-se altares e um Livro Sagrado (que pode ser a Bíblia, ou, outro livro considerado sagrado para qualquer religião). As Lojas são dirigidas por ministros. As reuniões são abertas e fechadas com uma oração, invocando a benção do Grande Arquiteto do Universo. Tem um conceito para a alma humana que é eterna e que tem a sua salvação, ou, evolução através das boas obras.

A maioria dos maçons que participam dos rituais não compreende o seu verdadeiro sentido oculto. Seguem a maçonaria apenas com uma participação irrefletida nos rituais, apenas imitam o que os outros fazem ou mandam fazer. Para estes, a maçonaria não é ocultista. Tais maçons desconhecem o significado misterioso de muitos dos símbolos e rituais maçônicos.


O CONCEITO DE DEUS NA MAÇONARIA

É difícil descobrir o nome da divindade da maçonaria, visto que este é um segredo bem guardado. Para os profanos, ou seja os de fora, é descrito como o "Grande Arquiteto do Universo" (G:.A:.D:.U:.). A intenção é justamente de parecer algo vago.

Nos graus inferiores a divindade é chamada de "Deus", ou "Soberano Árbitro dos Mundos", ou como G:.A:.D:.U:. Dentro da Loja, quando se progride para os graus mais elevados, a natureza de deus começa a tomar uma forma menos suave. O deus da maçonaria é um deus "genérico". Seu rótulo está em branco, de maneira que se quiser escrever nele Alá, Krishna ou até Satanás, você pode, e nenhum maçom objetará.

Se você disser ao satanista que ele não pode ser maçom porque o seu ser supremo, o diabo, não é um deus de primeira linha, estará violando os "princípios maçônicos".

Sabemos que o deus da bruxaria é Lúcifer . Assim, quando alguém é convidado a fazer parte da maçonaria, é visitado por dois maçons que o interrogam com diversas perguntas, sendo que uma delas é se acredita num Ser Supremo. Se ele for um bruxo ou um cristão, isto não vem ao caso, o que importa é que ele acredite num Ser Supremo, seja ele Deus ou o Diabo. Nas Lojas encontramos muitos adoradores de Lúcifer que atingem grau elevado nos rituais.

A maçonaria ensina, no grau do Arco Real que o nome verdadeiro de Deus é Jabulom.
O candidato aprende claramente no seu manual maçônico que o termo "Jabulom" é um termo composto para Jeová, Baal e On . Neste nome composto é feita uma tentativa de mostrar mediante uma coordenação de nomes que tudo é a mesma coisa.
Baal era uma divindade tão maligna que encontrar o nome do Deus único, verdadeiro e santo, Jeová, ligado ao de Baal e On nos ritos maçônicos é blasfêmia. Quem quer que estude a malignidade de Baal no Antigo Testamento pode ver isso claramente. (Ver: 2 Rs 17:16 e 17; Jr 23:13 e 32:35)

Deus não é uma combinação de todos os deuses. A Bíblia nos ensina que só o Deus cristão é o Deus único e verdadeiro, e não uma associação de todos os deuses. (Ver 2 Cr 6:14, Is 42:8 e Dt 4:39)


CRISTO NA MAÇONARIA

Se encontramos um conceito tão artificial e vago de Deus, o que esperar do Seu Filho, o nosso Redentor e Salvador Jesus Cristo?
Se buscarmos na literatura maçônica informações acerca de Jesus Cristo descobre-se uma ausência quase total de dados a esse respeito.
Embora nas reuniões maçônicas sejam feitas orações, é expressamente proibido orar em nome de Jesus, para não ofender a sensibilidade religiosa dos maçons que são membros de outras religiões que negam ser Jesus a única encarnação de Deus e Salvador do mundo. Por exemplo, a natureza e missão únicas de Cristo são negadas pelos hindus, budistas, muçulmanos, judeus, etc.
Em nenhum lugar da literatura maçônica você vai encontrar Jesus chamado de Deus ou de Salvador do mundo, que morreu pelos pecados do homem. Retratá-lo dessa forma iria "ofender" os homens a maçonaria não quer ofender ninguém. A maçonaria ensina que Jesus era apenas homem.
A maçonaria exclui completamente , todos os ensinos bíblicos específicos sobre Cristo, tais como a Sua encarnação, missão redentora, morte e ressurreição. A maçonaria "exclui cuidadosamente" o Senhor Jesus Cristo das Lojas e Capítulos, repudia sua mediação, rejeita a sua expiação, nega e não reconhece o seu evangelho, desaprova a sua religião e igreja, ignora o Espírito Santo, e estabelece para si mesma a sua definição de deus, colocando o G:.A:.D:.U:. - o deus "genérico" como o verdadeiro deus, excluindo deliberadamente o único e verdadeiro DEUS.
A Bíblia ensina claramente que Jesus Cristo é Deus:
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... E o Verbo se fez carne e habitou entre nós..."(Jo 1:1, 14). Ver também: Tt 2:13; 10:30,33,38; 14:9,11; 20:28; Rm 9:5; Cl 1:15; 2:9; Fp 2:6; Hb 1:3; 2 Co 5:19; 1 Pe 1:2; 1 Jo 5:2; Is 9:6.
Todos esses ensinamentos sobre Jesus na Bíblia provam que a maçonaria está errada naquilo que ensina a respeito dEle. Como pode então o cristão que afirma crer em Jesus como seu Salvador continuar aceitando a religião falsa (maçonaria) que nega seu Senhor? O próprio Jesus não disse: "por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando? (Lc 6:46). O próprio Jesus advertiu: "Mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus" (Mt 10:33). Ele também disse: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus" (Mt 7:21).


O PLANO DE SALVAÇÃO DA MAÇONARIA

A maçonaria ensina que a salvação e a morada na "Loja Celestial" pode ser obtida mediante as boas obras praticadas pelos maçons.
Através de vários símbolos, ensina a maçonaria uma doutrina de "salvação por obras". O candidato maçônico é repetidamente informado de que Deus será gracioso e recompensará aqueles que edificarem o seu caráter e fizerem boas obras.
Em todos os rituais a maçonaria mostra como alcançar o céu. Ensinam isto mediante o uso do avental de "aprendiz" que traduz pureza, vida e conduta. O Landmark nº 20 declara que de cada maçom "é exigida a crença em uma vida futura". A imortalidade da alma é uma das doutrinas mais importantes da confraria. Através de todos os seus escritos, eles dizem que estão ensinando a imortalidade da alma ao maçom, mais a palavra de Deus nos diz que a única maneira de ter vida eterna é através da Pessoa de Jesus Cristo. Nenhum ritual maçônico jamais indicou que Jesus é o caminho da Salvação. "Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." (JO 14:6). Disse Pedro a respeito de Cristo: "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos." (AT 4:12).
O conceito maçônico de salvação é aquele que a Bíblia chama de "outro evangelho". Ele é tão contrário ao caminho da salvação de Deus que a Escritura o colocou sob a maldição divina:
"Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho;" "O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo." "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema." (GL 1:6 a 8).
A salvação vem unicamente pela graça de Deus e não por qualquer coisa que a pessoa possa fazer para ganhar o favor de Deus, ou pela sua retidão pessoal. "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie". (Ef 2:8 e 9).
Para os que se dizem cristãos, e participam da maçonaria !
Séculos atrás, o profeta Elias desafiou o povo de Deus que havia abandonado o Deus verdadeiro e caído no triste pecado da idolatria. Ele os advertiu: "Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se á Baal, segui-o" (1 Rs 18:21). Esta pergunta continua verdadeira para os cristãos maçons de hoje. Siga a Deus ou siga a maçonaria.

Com carinho,

Pastor Bruno Monteiro.
Igreja Metodista Betesda



Fonte: Widesoft

Contra a música.

Por Greg Gilbert

Greg Gilbert
Eu acho que o meio evangélico inteiro deveria suspender todo tipo de música instrumental, e apenas recitar salmos em seus cultos de adoração – pelos próximos dez anos*.
Desde que me tornei presbítero em uma igreja local, me assusto com o quanto muitos cristãos são dependentes de certo estilo musical, ou de certo nível de excelência na música. Quantas vezes você ouviu alguém dizer, por exemplo, “eu não consigo louvar naquela igreja”? Ou “eu simplesmente não me sinto conectado a Deus ali”.
É claro que pode ter alguma coisa errada acontecendo lá, mas acho que muitas vezes, se você espremer declarações como essas, o que encontra por trás de tudo não é muito diferente de “eu não gosto da música dali”. Pessoas não expressam dessa maneira clara, provavelmente porque se você fizer isto, parecerá ridículo. Mas penso que isso é o que muitos querem dizer quando dizem: “eu não consigo adorar ali”. A realidade é que um piano armário sozinho simplesmente não consegue fisgar suas emoções tanto quanto uma banda completa. Eles não conseguem aquele “sentimento transcedente”, então ficam desencorajados e terminam dizendo que “não conseguem adorar”.
Eu me pergunto se todo aquele fenômeno da “excelência na música de louvor e adoração” que vimos nos últimos anos – apesar de todo bem que tem feito – também não gerou uns efeitos inesperados nos jovens cristãos. Me pergunto se não criou uma geração de místicos funcionais, que medem seu relacionamento com Deus por experiências emocionais, ao invés da realidade objetiva da redenção.
Quando eu era um aluno do ensino médio, fui em algumas poucas conferências Passion, quando elas  eram realizadas no Texas. Foram experiências formativas e maravilhosas para mim. John Piper me “reformou” em um sermão bombástico em Romanos 3, e isso – de uma forma ou de outra – moldou a trajetória da minha vida desde então. E a música era excelente – verdadeiramente maravilhosa em todos os sentidos. Nós cantávamos alto, com as mãos para cima, os olhos fechados e cheios de lágrimas algumas vezes, e acredito que adorei a Deus durante tudo isso.
Mas então voltei para New Haven, Connecticut. As equipes de louvor se foram, eu não tinha o grupo de pessoas que tinha me acompanhado e compartilhado aquela experiência, e as igrejas tinham um piano e trinta pessoas cantando hinos de Isaac Watts. Isso me forçou a aprender como soltar fogos de adoração com verdades e palavras, e não apenas com música excelente. Eu aprendi como ser influenciado emocionalmente pelas palavras excelentes dos hinos, quer eles fossem tocados e cantados “excelentemente” ou não.
"Sentindo se perto de Deus"
Existe uma geração inteira de jovens lá fora, agora, que não são emocionalmente influenciadas pelas palavras, cujos fogos só são disparados quando essas palavras são acompanhadas por grandes ritmos, instrumental habilidoso, e um certo clima familiar que tipicamente acompanha o “louvor-e-adoração” cristão. E o resultado disso é que você vê jovens pulando de igreja em igreja pela cidade, e um dos critérios principais para a compra é “a adoração”, embora muito frequentemente eles queiram dizer “a música”. Você tem jovens cristãos se sentindo desencorajados porque – a despeito do fato de que  eles estão sob a pregação fiel da Palavra domingo após domingo – dizem que não se “sentem próximos de Deus” há muito tempo. Talvez haja alguma coisa importante acontecendo aqui. Mas também existe uma boa chance, eu diria, de que eles apenas não tiveram uma boa dose de endorfina desde o último congresso em que estiveram.
Estou realmente preocupado que tenhamos criado uma geração de cristãos anêmicos, que são espiritualmente dependentes de música excelente. Seu senso de bem-estar espiritual é baseado em sentir-se “perto de Deus”, seu sentir-se próximo a Deus é baseado em sua “capacidade de adorar”, e ser capaz de adorar depende de grandes multidões cantando ótima música.
Para piorar, pense em quantas brigas e divisões em igrejas estão enraizadas em discordâncias sobre música. Pessoas deixam as igrejas porque não gostam da música. Cristãos que acreditam exatamente nas mesmas coisas sobre Jesus adoram em prédios vizinhos porque não podem aceitar o estilo musical do outro. Igrejas se dividem porque uma facção quer música “contemporânea” e outra quer música “tradicional”. A questão não diz respeito às palavras; diz respeito a como as palavras são cantadas, e com que instrumentos. Isso até tem seu próprio nome – “os conflitos de adoração”¹, que quando traduzido com um pouco de honestidade, significa realmente “os conflitos de música”.
O ponto decisivo, suponho, é que cada cristão deveria fazer uma busca honesta em seu coração sobre o que o faz se sentir “perto de Deus”. Você pode se sentir próximo de Deus só por ler ou dizer as palavras “Em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto”? Você seria capaz de participar de uma igreja que é ótima em tudo, exceto na música? Se não, você provavelmente precisa pensar um pouco se sua vida espiritual é dependente de algo da qual ela não deveria ser dependente.
Algumas questões
Pensei em oferecer algumas poucas questões que nos ajudariam a considerar se permitimos que nossos corações se tornassem muito dependentes da música para nossa sensação de bem-estar espiritual. Por favor, não trate isso como um teste da Capricho ou algo assim. Eles não são um checklist; não tem uma pontuação no fim. Todas as questões nem mesmo são necessariamente direcionadas a todas as pessoas; nem todas serão úteis a você. Algumas são direcionadas para pessoas que particularmente não gostam da música em suas igrejas. Outras para pessoas que amam a música que ouvem na igreja toda semana. Essas questões também não pretendem ser exaustivas; elas não tratam disso sob todos os ângulos concebíveis. São apenas algumas poucas questões que, espero, talvez ajudem você a pensar. Talvez você tenha outras que te ajudem a checar seu próprio coração.
Uma última coisa: novamente, não estou desejando aqui uma vida cristã sem música, ou uma vida cristã com menos música, ou mais tranquila, ou mais simples. Eu amo música; acredito que fomos criados como seres musicais. Na verdade, se fosse forçado a escolher, pessoalmente, preferiria música contemporânea a outro estilo. Bob Kauflin e o ministério Sovereign Grace, por exemplo, estão fazendo algumas das músicas mais maravilhosas, que honram a Deus e exaltam Cristo, disponíveis hoje, e gosto de ouvir e cantar suas canções, seja em minha igreja, em algum outro evento, ou mesmo repetidamente em meu iPod.

Portanto, eu acho que a música é uma coisa boa, até uma coisa ótima. Mas, tudo que é bom nesse mundo pode e será mal utilizado por seres humanos pecadores. E acredito que é algo que merece reflexão entre os cristãos quando se trata de música. Minha esperança é que essas questões, e os pensamentos que elas provocam em você, te ajudarão a guardar sua vida espiritual de se tornar perigosamente dependente de algo do qual você não deveria ser dependente. Espero que elas sejam úteis a você:
  1. Você fica entediado quando alguém lê uma longa passagem da Escritura em sua igreja? Você começa a desejar que eles cheguem logo na música?
  2. Você precisa de música tocando ao fundo para que a leitura da Escritura afete suas emoções?
  3. Uma oração parece muito “simples” ou “seca” para você, se não tem música tocando por trás dela?
  4. Você se sente deprimido algumas semanas depois de uma conferência de louvor porque você não se sente próximo de Deus há muito tempo?
  5. Você desesperadamente aguarda a próxima conferência porque você sabe que, finalmente, conseguirá se sentir próximo de Deus novamente?
  6. Se você pertence a uma grande igreja com ótima música, você é capaz de adorar quando visita seus parentes numa pequena igreja rural?
  7. Você já se sentiu adorando no meio da semana, no trabalho, na escola, etc. só porque pensou sobre Deus e sua graça? Ou isso só acontece quando a música está tocando?
  8. Você tende a se sentir mais próximo de Deus quando está sozinho com seu iPod que quando está reunido com o povo de Deus em sua igreja?
  9. Você se sente como se simplesmente não pudesse se conectar com outros crentes que não tiveram as mesmas “experiências de adoração” que você teve? Você só consegue se conectar com outros crentes que “sabem o que é realmente adorar”?
  10. Sua sensação de bem-estar espiritual é baseada mais em sentir-se próximo de Deus, ou saber que você está próximo de Deus por causa de Jesus Cristo?
* Eu estou brincando com o título desse post e a suspensão da música, é claro. A Bíblia nos diz para cantar. Deus nos deu a música precisamente porque afeta nossos corações e emoções, e isso é algo bom. Mas tudo o que é bom pode e será mal utilizado por seres humanos pecadores. Meu sentimento é que a “música excelente” se tornou um tipo de ídolo. Não, nós não adoramos isso. Mas muitas pessoas precisam disso para adorar, e isso pode ser bem ruim. Música é parte de nossas vidas como seres humanos; em certo sentido, seremos sempre dependentes dela. Mas como vejo, existe ampla evidência lá fora que sugere que, para muitos cristãos, a dependência se tornou perigosa.
¹ Nota do tradutor: O termo no inglês é Worship Wars. Acredito que não temos um termo no Brasil para esse tipo de conflito dentro da igreja, mas se alguém souber, me avise! :-)
Traduzido por Josaías Jr | iPródigo | Esse post é formado por dois textos: esse e esse
Fonte: iPródigo

Um novo modismo evangélico?

Por Ricardo Gondim

Eu estava no culto em que um pastor alardeou que obturações de ouro seriam dadas por Deus. Em instantes, as pessoas passaram a examinar umas às outras e, pasmas, choravam afirmando que muitos dentes estavam divinamente restaurados. Presenciei um evangelista norte- americano soprando — pretensamente como Jesus fez em seu ministério — e pessoas sendo jogadas no chão. Assustei-me com a trivialidade com que alguns pastores relataram seus encontros com anjos. Estupefato, ouvi um novo modo de orar entre os evangélicos: as preces agora vinham entrecortadas com ordens exorcizando demônios. Inquietei-me com uma geração de evangélicos amedrontados com maldições e pragas. Imperativos que “amarravam” demônios deixaram-me desassossegado. 



A igreja evangélica brasileira é muito frágil teologicamente. Por isso sofre com os mais diversos modismos. Lembro-me que, em um congresso para líderes, fui desafiado a falar sobre qual seria a próxima moda que varreria a igreja nacional. Recordo-me que comecei minha palestra afirmando que, em primeiro lugar, seria necessário entender como as forças do mercado agem na elaboração teológica. Assim, qualquer movimento vindo do exterior e que tenha sido bem sucedido lá será copiado aqui. As lideranças evangélicas querem achar o método que alavancará suas comunidades. Se uma determinada estratégia mostra-se eficaz no exterior, aqui dificilmente se questionará a teologia que a alicerça. Em segundo lugar, o brasileiro é culturalmente místico. Tendemos a aceitar acriticamente propostas teológicas que promovam experiências sobrenaturais. O brasileiro sente fascínio pelo mistério e pela magia. Afirmei também que, copiando o mundo pós-moderno, a igreja busca estratégias de resultados imediatos. 

Acredito que os modismos não podem ser detectados com antecedência. Mas qualquer que seja a próxima onda, a igreja precisa estabelecer alguns princípios. Eles ajudarão para que não se embarque em novidades sem discernimento crítico. 

[A teologia da cruz] 
Preocupado com possíveis acréscimos à cruz, Paulo escreveu aos gálatas. Os fariseus convertidos queriam que, além da doutrina da redenção, se acrescentassem alguns preceitos essenciais ao judaísmo, como a circuncisão. Sua carta procura enaltecer a suficiência do sacrifício de Cristo. Ele acredita que qualquer acréscimo à expiação de Cristo não apenas enfraquece as bases do cristianismo, como as anula: “Eu, porém, irmãos, se ainda prego a circuncisão, por que continuo sendo perseguido? Logo está desfeito o escândalo da cruz” (Gl 5.11). 

Não seriam os movimentos de “cura interior” que se alastram nas igrejas evangélicas um enfraquecimento da doutrina do novo nascimento? Recebi de um leitor do Ultimato um formulário de quatorze páginas para um seminário de cura interior ministrado em várias igrejas pelo Brasil. O seminário é para cristãos que ainda carregam seqüelas de pecados do passado. A pessoa passa por uma longa sabatina, revolvendo toda a sua vida à procura de aberturas espirituais no passado que ainda tragam maldições no presente. Buscam ser exaustivos e chegam às raias da paranóia. Indagam se a pessoa comeu cocada no dia em que se celebra Cosme e Damião, se seus avós freqüentaram reuniões de cultos afro-brasileiros. Querem saber se a pessoa sonha freqüentemente com negros, como sinal de perturbação espiritual — um flagrante preconceito que fere até mesmo a Constituição. Há encontros em que se praticam regressões até a vida intra-uterina. Pede-se que se visualize o espermatozóide do pai encontrando-se com o óvulo da mãe e que sejam detectados sinais de maldição que tenham desdobramentos em sua vida presente. 

Ainda que escolas da psicologia advoguem a regressão como técnica terapêutica, ela é inaceitável como prática espiritual. Não há como negar que uma pessoa convertida ainda possa carregar seqüelas emocionais, traumas psicológicos e até desequilíbrios psíquicos. Entretanto, é inadmissível que um cristão nascido de novo ainda necessite “quebrar” maldições de sua vida passada. A Bíblia contém vários textos que afirmam o contrário: “Não vos lembreis das cousas passadas, nem considereis as antigas... Eu, Eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e de teus pecados não me lembro” (Is 43.18, 25); “Pois perdoarei as suas iniqüidades, e dos seus pecados jamais me lembrarei” (Jr 31.34); “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.36); “E assim, se alguém está Cristo, é nova criatura, as cousas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17); “Mas, uma cousa faço: esquecendo-me das cousas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.13-14). Sessões de “cura interior” são inócuas para preservar qualquer pessoa espiritualmente, danosas para a gestação de autênticos discípulos e um horror como cura psicológica. Alguém que se submete a uma sessão de “cura interior” corre o risco de entrar em uma paranóia espiritual e descobrir que continua sofrendo com seus traumas psicológicos. Conseqüentemente, pode facilmente se desesperar, pois foi-lhe prometido que Deus a curaria instantaneamente. 

[O evangelho antropocêntrico] 
Desde a modernidade, e com o apogeu do iluminismo, homens e mulheres subiram em um pedestal. O mundo ocidental acredita que merecemos ser felizes e devemos buscar todos os meios que nos tornem plenos, inclusive Deus. Por isso, aprendemos um conceito religioso egoísta. Entendemos como evangelho o anúncio de um Deus que nos faça bem, que esteja ao nosso dispor. Assim, nossas preces se resumem a pedidos. Queremos que nosso louvor seja agradável a nós mesmos. Compreendemos a conversão como mera descoberta que nos tornou mais felizes. Hoje, muitos evangélicos “reivindicam” direitos e “decretam” bênçãos. Recentemente, vi um adesivo no carro de um crente que pedia: “Dê uma chance para Deus”. Quem será que necessita de uma chance? Deus ou os homens e mulheres que se rebelaram contra Ele, que é amoroso e bom? Estarrecido, soube que há encontros evangélicos em que as pessoas aprendem a “liberar” perdão para Deus. É o cúmulo! Inverteram-se os papéis. Deus agora precisa ser perdoado? Urge voltar ao anúncio do reino em que Ele é Senhor soberano e amorosamente estende sua graça a todos. 

[Atalhos] 
Tanto as forças do mercado como a tecnologia pós-moderna condicionam esta geração ao imediatismo. Acredita-se que tudo pode ser resolvido no estalar de dedos. As propagandas na televisão conseguem solucionar os problemas de limpeza de uma casa, garantem seguro médico, prometem férias felizes, dão-nos prestígio. Tudo em 30 segundos. Buscamos também resolver nossos dilemas espirituais nos rápidos momentos de um culto. 
Infantilmente acreditamos que bastam alguns momentos de êxtase espiritual para subirmos os penosos degraus da maturidade cristã. Paulo admitiu que necessitava mais do que surtos de adrenalina espiritual: “mas esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado” (1 Co 9.27). Não há atalhos na escola de Deus. Nada substitui o discipulado. Nenhum método suplantaria a igreja como comunidade terapêutica. Experimentamos a grandeza de Deus cotidianamente tanto nas amargas derrotas como nos felizes triunfos. Dia a dia aprende-se a sua fidelidade. Devemos olhar com cautela ministérios que prometem a transformação de imaturos em líderes capazes, em um simples final de semana. É potencialmente desastroso montar uma estrutura eclesiástica em técnicas tão velozes. 

Os modismos são sinais dos tempos. Para não sermos levados por todo vento de doutrina, portemo-nos como os bereanos, conferindo com as Escrituras todas as novidades que surgem no cenário religioso. Acreditemos que passarão os céus e a terra, e só permanecerão aqueles que cumprem a Palavra de Deus. 

Soli Deo Gloria. 

* Ricardo Gondim é pastor da Assembléia de Deus Betesda, em São Paulo, e presidente do Instituto Cristão de Estudos Contemporâneos




Fonte: indicação do meu pai (Gilmar) e publicado em vários sites.

Lençol sujo

Por Autor desconhecido


"Tire primeiro a trave do seu olho, e então verás claramente para tirar o cisco do olho do teu irmão" (Mateus 7:5)


Um casal recém-casado mudou-se para um bairro muito tranquilo.
Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou através da janela em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:
- Que lençóis sujos ela está pendurando no varalProvavelmente está precisando de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!

O marido observou calado.
Alguns dias depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:
- Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal.
Passado um mês a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis brancos, alvissimamente brancos, sendo estendidos, e empolgada foi dizer ao marido:
- Veja ! Ela aprendeu a lavar as roupas, será que a outra vizinha ensinou !? Porque , não fui eu que a ensinei.
O marido calmamente respondeu:
- Não, é que hoje eu levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela!
E assim é. Tudo depende da janela através da qual observamos os fatos. Antes de criticar, verifique se você fez alguma coisa para contribuir; verifique seus próprios defeitos e limitações.
Devemos olhar, antes de tudo, para nossa própria casa, para dentro de nós mesmos. Só assim poderemos ter real noção do verdadeiro valor de nosso próximo.
Lave sua vidraça!


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