Cair no Espírito é bíblico?

Por Claunionor Corrêa de Andrade - Revista Defesa da Fé

Introdução

Em 1923, o missionário sueco Gunnar Vingren, um dos fundadores da Assembléia de Deus no Brasil, fora informado de que um certo movimento pentecostal começava a alastrar-se por Santa Catarina. Sem perda de tempo, Vingren deixou Belém do Pará, berço do pentecostalismo brasileiro, e embarcou para o Sul. No endereço indicado, veio ele a constatar: “Não se tratava de pentecostes, mas de feitiçaria e baixo espiritismo”.

Embora fervoroso pentecostal, Gunnar Vingren não se deixou embair pelo emocionalismo nem pelas aparências. Ele sabia que nem tudo o que é místico, é espiritual; pode brilhar, mas não é avivamento. O misticismo manifesta-se também em rebeldias e mentiras. Haja vista as seitas proféticas e messiânicas.

Teve o nosso pioneiro, como precavido condutor de ovelhas, suficiente discernimento para não aceitar aquele arremedo de pentecostes. Fosse um desses teólogos que colocam a experiência acima da Bíblia Sagrada, o pentecostalismo autêntico jamais teria saído do nascedouro.

Entre as manifestações presenciadas por Gunnar Vingren, achava-se o “cair no poder” que, já naquela época, era conhecido também como “arrebatamento de espírito”. À primeira vista, impressionava; fazia espécie. Não resistia, contudo, ao mínimo confronto com as Escrituras. E nada tinha a ver com as experiências semelhantes que se acham nas páginas da Bíblia.

Irreverente e apócrifo, esse misticismo não se limitou à geração de Vingren. Continua a assaltar a Igreja de Cristo com demonstrações cada vez mais peregrinas e contraditórias. O seu alvo? Levar a confusão ao povo de Deus. No combate a tais coisas, haveremos de ser enérgicos, sábios e convincentes. Mas sempre equilibrados. Através da Bíblia, temos a obrigação de mostrar a pureza e a essência de nossa crença, e a “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3).

Neste artigo, detenhamo-nos no fenômeno do “cair no Espírito”. Até que ponto há de ser aceito? Como lhe aferir a legitimidade? É realmente indispensável ao crescimento da vida cristã? Vejamos, a seguir, como esse movimento ganhou notoriedade em nossos dias.





I - O Que é o “Cair no Espírito”?

Embora não seja alguma novidade, o “cair no Espírito”, como vem sendo caracterizado, começou a ganhar notoriedade a partir de 1994. Neste ano, a Igreja Comunhão da Videira do Aeroporto de Toronto, no Canadá, passou a ser visitada por milhares de crentes - todos à procura de uma bênção especial. Ao contrário das demais igrejas pentecostais, que buscam preservar a ortodoxia doutrinária, a Igreja do Aeroporto, como hoje é conhecida, granjeou surpreendente notoriedade em virtude das manifestações que ocorriam em seus cultos.

Dizendo-se cheios do Espírito, os freqüentadores dessa igreja começaram a manifestar-se de maneira estranha e até exótica. Em dado momento, todos punham-se a rir de maneira incontrolável; alguns chegavam a rolar pelo chão. Justificando essa bizarria, alegavam tratar-se de santa gargalhada. Ou gargalhada santa? Outros iam mais longe: não se limitavam ao estrepitoso dos risos; saíam urrando como se fossem leões; balindo, como carneiros; ou gritando, como guerreiros. E ainda outros “caíam no Espírito”.

À primeira vista, tais manifestações impressionam.

Impressionam apesar de não contarem com o necessário respaldo bíblico. Entretanto, não podemos nos deixar arrastar pelas aparências nem pelo exotismo desses “fenômenos”. Temos de posicionar-nos segundo a Bíblia que, não obstante os modismos e ondas, continua a ser a nossa única regra de fé e conduta.


II - O Cair no Espírito na Bíblia

Nas Sagradas Escrituras, o cair no Espírito não chega a ser um fenômeno; é mais uma reação reverente diante do sobrenatural. Registra-se apenas, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, 11 casos de pessoas que caíram prostradas, com o rosto em terra, em sinal de adoração a Deus. E tais casos não se constituem num histórico; são episódicos isolados. Não têm foro de doutrina, nem argumentos para se alicerçar um costume, nem para se reivindicar uma liturgia; não podem sacramentar alguma prática. Afinal, reação é reação; apesar de semelhantes, diferem entre si. Como hão de fundamentar dogmas de fé?

Verifiquemos, pois, em que circunstâncias deram-se os diversos casos de cair por terra nos relatos bíblicos.

1. A força de uma visão nitidamente celestial

As visões, na Bíblia, tinham uma força impressionante. Agitavam, enfraqueciam e até deitavam por terra homens santos de Deus. Que o diga Daniel. Já encerrando o seu livro, o profeta registra esta formidável experiência: “Fiquei, pois, eu só e vi esta grande visão, e não ficou força em mim; e transmudou-se em mim a minha formosura em desmaio, e não retive força alguma. Contudo, ouvi a voz das suas palavras; e ouvindo a voz das suas palavras, eu caí com o meu rosto em terra, profundamente adormecido” (Dn 10.8,9).

Em sua primeira visão, Ezequiel também se assusta com o que vê. Ele se apavora: “Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor; e, vendo isso, caí sobre o meu rosto” (Ez 1.28). Sem liturgia, ou intervenção humana, o profeta prostra-se todo. E quem não haveria de se prosternar? Mesmo o mais forte dos homens, não se agüentaria diante de tamanho poder e glória. Recurvar-se-ia; lançar-se-ia com o rosto em terra.

Mais tarde, encontraremos Ezequiel noutro caso de prostração: “E levantei-me e saí ao vale, e eis que a glória do Senhor estava ali, como a glória que vira junto ao rio Quebar; e caí sobre o meu rosto” (Ez 3.23). Quem não cairia ante as singularidades da glória de Deus? Quem a resistiria? 

Já no final de seus arcanos, Ezequiel vê-se constrangido a comportar-se de igual maneira: “E o aspecto da visão que vi era como o da visão que eu tinha visto quando vim destruir a cidade; e eram as visões como a que vira junto ao rio Quebar; e caí sobre o meu rosto” (Ez 43.3).

Nesses casos, as visões divinas foram tão fortes que levaram tanto Ezequiel como Daniel a caírem por terra. Noutras ocasiões, porém, a ocorrência de visões, igualmente poderosas, não provocou alguma prostração. Haja vista o caso de Isaías. Embora se mostrasse aterrorizado e compungido com a visão do trono divino, não se menciona ter o profeta caído por terra. Isto significa que as experiências, embora semelhantes, possuem suas particularidades e idiossincrasias. Isto é: cada experiência, ou encontro com Deus, é única. Seria tolice pretender repeti-las para que a sua repetição adquirisse foros de doutrina.

2. O impacto de um encontro com Deus

Além das visões, certos encontros com Deus, tanto no Antigo como no Novo Testamento, levaram à prostração. Mencione-se, por exemplo, o que aconteceu a Saulo no caminho de Damasco. O encontro com Jesus foi tão formidável, que forçou o implacável perseguidor a cair por terra, e a reconhecer a autoridade e a soberania do Filho de Deus: “E caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 9.4).

Como nos casos anteriores, nada havia sido programado. Saulo foi levado a recurvar-se em virtude da sublimidade do Senhor Jesus. Noutras ocasiões, porém, os encontros com Deus deram-se de maneira suave. A entrevista de Natanael com Jesus é um exemplo bastante típico dessa suavidade tão santa. O que também dizer do encontro de Gideão com o anjo do Senhor? Ou do encontro de Jeremias com Jeová? Este encontro veio na medida certa; veio de acordo com o caráter suave e melancólico do profeta. Mas tivesse Jeremias o temperamento colérico de Paulo, certamente o Senhor teria agido com impacto para que o vaso fosse quebrado e moldado conforme a sua vontade. Como se vê, as experiências variam de acordo com as circunstâncias e a personalidade das pessoas envolvidas no plano de Deus. 

3. Diante da autoridade de Cristo

A autoridade do nome de Cristo é mais que suficiente para fazer com que todos os joelhos dobrem-se diante de si. Aliás, chegará o momento em que todos os seres, quer nos céus, quer na terra, quer sob a terra, hão de se curvar diante da infinita grandeza do nome do Senhor Jesus: “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.9,10). 

Na noite de sua paixão, o Senhor demonstrou quão grande era a sua autoridade: “Quando, pois, (Jesus) lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por terra” (Jo 18.6). Ao contrário dos casos anteriores, nessa passagem quem cai por terra são os ímpios. Recurvam-se estes não em sinal de reverência a Deus, mas em razão da autoridade e soberania irresistíveis de Cristo.

Caso semelhante ocorreu com Ananias e Safira. Ambos caíram por terra em decorrência de sua iniqüidade: “Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus. E Ananias, ouvindo estas palavras caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram” (At 5.3-5).

Casos como esses não são raros. Em nossos dias, muitos são os ímpios que, por se levantarem contra os escolhidos do Senhor, caem por terra e, às vezes, fulminados.

Noutras ocasiões, porém, o Senhor revelou-se de maneira tão suave, que se faz homem diante dos homens. Que encontro mais doce do que aquele que se deu junto ao poço de Jacó? O Senhor revela-se de maneira surpreendentemente afável à mulher samaritana. E a experiência de Nicodemos? Ou a de Zaqueu? 


III - Como os Legítimos Representantes de Deus Portaram-se Quando Alguém Caía por Terra?

Ao contrário dos que hoje portam-se como deuses diante de virtuais casos de prostração, os apóstolos de Cristo jamais aceitaram tal deferência. Em todas as instâncias, procuravam sempre glorificar ao nome do Senhor. Em casos semelhantes, até os mesmos anjos agiram com reconhecida e santa modéstia. 

Tendo Pedro chegado à casa de Cornélio, a primeira reação deste foi cair de joelhos diante do apóstolo. “Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que também sou homem” (At 10.25,26). O que fariam os astros do evangelismo dos dias atuais? Humilhar-se-iam como o apóstolo? Ou usariam o evento para incrementar o seu marketing pessoal?

Mesmo um poderoso anjo não se aproveitou da ocasião para atrair a si as glórias devidas somente a Deus. O relato é de João: “Prostrei-me aos seus pés para o adorar. E disse-me: Olha, não faças tal, porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus” (Ap 22.8,9).

O anjo bem sabia que o apóstolo prostrara-se aos seus pés por uma circunstância bastante especifica: não há ser humano que não se extasie diante do sobrenatural. A aparição de um ente celestial sempre perturbou os pobres mortais. Nos dias dos juízes, acreditava-se que a visão de um anjo significava morte certa. Por isso, a primeira reação de uma pessoa ao ver um anjo era curvar-se diante do ser angelical. Quem poderia resistir a tanta glória?

Os anjos, porém, recusavam tal deferência. Houve ocasiões em que o anjo do Senhor aceitou elevadas honrarias. Como conciliar tais questões? No Antigo Testamento, sempre que isso ocorria, era devido a presença de um ser especial, que alguns teólogos não vacilam em apontar como a pré-encarnação de Cristo. De uma forma ou de outra, os anjos eram santos o suficiente para agirem com modéstia e humildade, tributando a Deus todo poder e toda a glória.

Que esta também seja a nossa postura! Quando, por alguma circunstância, alguém cair a nossos pés, levantemo-lo para que tribute a Deus, e somente a Deus, toda a honra e toda a glória. E jamais, sob hipótese alguma, induzamos alguém a prostrar-se com o rosto em terra, pois isto contraria a ética e a postura que o homem de Deus deve ter. 


IV - Nas Efusões do Espírito Santo de Atos dos Apóstolos Houve Casos de Prostração?

Na ânsia por justificar o cair por terra que, como já dissemos tem de ser visto como episódio e não como histórico, muitos teólogos chegam a colocar tal reação como se fora uma das evidências da plenitude do Espírito Santo. Que pode haver prostração quando da efusão do Espírito, não o negamos. Pode haver, mas não tem de haver necessariamente, nem precisa haver para que se configure o derramamento do Espírito Santo. A prostração não pode ser vista como evidência, mas como uma reação ocasional e esporádica.

Nos diversos casos de efusão do Espírito Santo, nos Atos dos Apóstolos, não se observou algum caso de prostração. No dia de Pentecoste, segundo no-lo notifica o minucioso e detalhista Lucas, estavam todos assentados no cenáculo (At 2.2). Na casa de Cornélio, onde o Espírito foi derramado pela primeira vez sobre os gentios, também não se observou o cair por terra (At 10.44-47). Entre os discípulos de Éfeso também não se registrou alguma prostração (At 19.6).

Em todos esses casos, porém, a evidência inicial e física do batismo no Espírito Santo fez-se presente. Conclui-se, pois, que não se deve confundir evidência com reação. A evidência é a mesma em todos os que recebem a plenitude do Espírito Santo. A reação, todavia, varia de pessoa para pessoa.

Mesmo quando o lugar santo tremeu, não se observou caso algum de prostração (At 4.31). Poderia ter havido? Sim! Mas não necessariamente. 


Conclusões

Daquilo que até agora vimos acerca do “cair no Espírito”, podemos tirar as seguintes conclusões, tendo sempre como base as Sagradas Escrituras:

1. Não se pode realçar a experiência, nem guindá-la a uma posição superior à da Palavra de Deus. A experiência é importante, mas varia de pessoa para pessoa; cada experiência é uma experiência; tem suas particularidades. A experiência tem de estar submissa à doutrina, e não há de modificar, por mais extraordinária que seja, nenhum artigo de fé.

2. O cair por terra não pode ser visto nem como evidência da plenitude do Espírito Santo, nem como sinal de uma vida consagrada. A evidência do batismo no Espírito Santo são as línguas estranhas; e a vida consagrada tem como característica o fruto do Espírito. O cair por terra pode ser admitido, no máximo, como reação esporádica de alguma visitação dos céus. Se provocado, ou repetido, deixa de ser reação para tornar-se liturgia. 

3. Caso ocorra alguma prostração, deve-se fazer as seguintes perguntas: 1) Qual a sua procedência? 2) Teve como objetivo promover o homem ou glorificar a Deus? 3) Foi usada para catalisar a atenção dos presentes? 4) Foi provocada por sopros, toques ou por algum objeto lançado no auditório? 5) Houve sugestão coletiva? 6) Prejudicou a boa ordem e a decência da igreja? 7) Conta com o respaldo bíblico suficiente? 8) Tornou-se o centro do culto? 

4. Devemos estar sempre atentos, pois o adversário também opera sinais espetaculares com o objetivo de enganar os escolhidos: “Surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt 24.24).

5. Nos diversos exemplos de prostração que fomos buscar na Bíblia, observamos o seguinte: Os personagens que se prostraram, ou foram prostrados, em virtude de alguma experiência sobrenatural, caíram para frente, e não para trás, como está ocorrendo hoje em algumas igrejas. Não era algo programado, nem ministro algum induzira-os a cair. Ou seja: ninguém precisou soprar neles ou neles tocar para que caíssem. Tais modismos têm levado a irreverência e a bizarria ao seio do povo de Deus. Há alguns que se tornaram tão ousados que jogam até os seus paletós a fim de provocar prostrações coletivas. Isto é um absurdo! É antibíblico!

6. Os casos de prostração narrados na Bíblia deram-se em virtude da reverência e temor que os já citados personagens sentiram ao presenciar a glória divina. No Novo Testamento, o termo usado para prostração é pesotes prosekinsan que, no original, significa: cair por terra em sinal de devoção. Em Apocalipse 5.14, a expressão grega aparece para mostrar os anciãos prostrados aos pés do Cristo glorificado.

7. Voltemos à questão. Pode acontecer prostração numa reunião evangélica? Pode! Mas não tem de acontecer necessariamente; pode, mas não precisa acontecer, nem ser provocada. Caso aconteça, deve ser encarada como reação e não como fato doutrinário. John e Charles Wesley, por exemplo, experimentaram um poderoso avivamento, mas jamais elevaram suas experiências à categoria de doutrina. As heresias nascem quando se supervaloriza a experiência em detrimento da doutrina. Não podemos nos esquecer de que algumas das mais notáveis heresias deste século, como a Igreja Só Jesus, nasceu em pleno período de avivamento.

8. De uma certa forma, todo avivamento provoca extremismos. Cabe-nos, porém, buscar o equilíbrio tão necessário à Igreja de Cristo. Era o que ocorria em Corinto. Não resta dúvida de que os irmãos daquela comunidade cristã haviam recebido uma forte visitação dos céus. Todavia, tiveram de ser doutrinados e disciplinados. A esses irmãos, escreveu Paulo: “E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas. Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos” (1 Co 14.32,33). 

Finalmente, jamais devemos abandonar a Bíblia. Ênfases, como o cair no Espírito, hão de surgir sempre. Não devemos nos impressionar com elas; tratemo-las com o devido equilíbrio. Pois o equilíbrio bíblico e teológico há de manter a igreja de Cristo em permanente avivamento. E o verdadeiro avivamento não extingue o Espírito, mas sabe como evitar os excessos.


Tudo o que eu quiser o cara lá de cima vai me dar!

Por Pr. Renato Vargens.


Essa frase acabou de ser dita pela Xuxa no twitter!


Engraçado que ao ler a expressão “xuxiana” fui tomado pela impressão de que alguns evangélicos pensam igualzinho a rainha dos baixinhos, isto porque, bastam determinar a bênção que o “cara lá de cima” atende.




Pois é, a prática do decreto e da oração determinista infelizmente se tornaram comuns ao meio evangélico. Na verdade, em boa parte dos templos chamados cristãos é absolutamente normal vermos ou ouvirmos pessoas determinando a benção em nome de Jesus. Os defensores deste tipo de oração fundamentam seus comportamentos no evangelho de João, capítulo 14, verso 13, afirmando que o termo usado como pedir foi mal traduzido, isto porque, segundo estes, a palavra no original jamais teve a idéia de pedir alguma coisa, e sim de determinar algo.


Entretanto, ao contrário do que tais profetas afirmam, o texto grego aponta efetivamente para alguém que pede, sem contudo exigir o cumprimento daquilo que deseja. Ora, onde já se viu um filho determinar o que quer que o pai faça? Ou, de modo semelhante um servo ordenar o que deve ser feito ao seu senhor?


O filho é submisso ao pai e o servo é submisso ao seu senhor. Se Deus é nosso Pai, então devemos honrá-lo como tal. Se ele é nosso Senhor, então a nossa postura deve ser de servos. Infelizmente, boa parte das mensagens pregadas pelos pastores brasileiros nos apontam o quão despreparados estão nossos ministros. Suas mensagens são rasas, sem substância, empobrecidas teologicamente, cheia de modismos, unções, decretos, e determinismos os quais tem reverberado vergonhosamente em todo território nacional.


Como já escrevi anteriormente confesso que não agüento mais a efervescência da graça barata, o mercantilismo gospel, a banalização da fé. Não tolero mais, as loucuras e os atos proféticos feitos em nome de Deus, não suporto ouvir a respeito do aparecimento das mais diversas unções em nossos arraiais; isso sem falar da hieraquirzação do reino, onde apóstolos, paipóstolos, príncipes e reis, têm oprimido substancialmente o povo do Senhor com doutrinas absolutamente anti-bíblicas.


Amados irmãos não dá pra vivermos a vida cristã de profecia em profecia, de decreto em decreto. Mais do que nunca, essa é a hora de regressarmos à Palavra de Deus, de redescobrirmos os seus preciosos tesouros, de fazermos das sagradas letras nossa referência de fé e de comportamento.


Que Deus nos ajude, e tenha misericórdia de seu povo!




A melhor herança.



Por H. Dennis Fischer

A melhor herança que os pais podem deixar é o exemplo de uma vida com valores Cristãos.


Recentemente, meu neto me acompanhava enquanto eu cumpria algumas tarefas. Inesperadamente, ele me perguntou: “Então, vovô, como o senhor recebeu Cristo como seu Salvador?” Emocionado, contei a ele sobre a minha conversão na infância.


Como ele continuava a interpretar-se, descrevi como o seu bisavô alcançou a fé em Cristo, o que incluía uma breve visão geral de como ele sobreviveu à Segunda Guerra Mundial. Contei-lhe sobre sua resistência inicial ao evangelho e como a vida dele mudou depois que se tornou cristão.

Mais tarde me lembrei da nossa conversa quando li a passagem bíblica que falava da fé sendo transmitida através das gerações. Em Deuteronômio 6:6-7, Moisés instruiu os israelitas a guardarem no coração as verdades de Deus e compartilhá-las com a próxima geração como estilo de vida: “Estas palavras que, hoje te ordeno, estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te”.

Os cuidados paternos biblicamente corretos não são uma garantia de ter uma descendência santa. Mas quando vemos o interesse por assuntos espirituais na geração seguinte, podemos cultivar o diálogo construtivo sobre a Palavra de Deus. Este pode ser um dos maiores legados dos pais ou avós a seus filhos e netos.


Paixão ou amor?



Por Pr. Timofei Diacov


Temos notado ultimamente que as palavras vão perdendo o seu verdadeiro sentido. Por exemplo, louvor, adoração. Queremos nesta meditação falar sobre paixão e amor. Parece que está havendo confusão. São duas palavras distintas. Temos ouvido corinhos onde se usa a expressão, "Estou apaixonado por Cristo"; quando deveria ser, eu amo a Cristo, ou, estou amando Cristo.

Já imaginaram como seria, se amor e paixão fossem sinônimos? João 3:16 seria: "Porque Deus se apaixonou pelo mundo de tal maneira que enviou o Seu Filho...". Ou esta outra palavra: "Te apaixonarás pelo Senhor teu Deus de todo o teu coração... porque este é o primeiro e grande mandamento. E te apaixonarás pelo teu próximo como a ti mesmo". Como podemos perceber, ficaria muito complicado trocar o amor pela paixão.


Afinal que é paixão? É um sentimento violento, descontrolável e pode levar uma pessoa a cometer loucuras contra a pessoa por quem se sente paixão ou mesmo cometer suicídio; e a história registra muitos fatos assim; enquanto o apóstolo Paulo em I Corintios 13 nos dá características bem diferentes do amor em relação à paixão, dizendo que o amor é benigno, é paciente, tudo sofre, tudo espera, tudo suporta; o amor nunca falha. O amor é capaz de perdoar, enquanto que a paixão pode matar destruir etc., aliás, na Bíblia quando se faz referencia à paixão, se faz referindo-se aos sentimentos carnais. É uma palavra muito pouco usada na Bíblia. Temos que ser cuidadosos quando recebemos um corinho, produzido por alguém que desconhece os ensinos teológicos da Bíblia.

Temos a impressão de que esses grupos chamados, "Grupos de louvor", não examinam esses novos corinhos para verificar se neles existem heresias. Aliás, é dever do pastor que é o chefe do rebanho, fazer seleção desses novos corinhos que surgem por aí à esmo; e assim estaríamos evitando a entrada de tantas heresias que vem desvirtuando a mensagem bíblica. Bom seria se atentássemos para o que diz Paulo em I Corintios 11:19: "Até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros, se manifestem". Perdoem-me dizer que o pastor que não cuida o seu rebanho desses perigos, é um pastor relaxado, descuidado e irresponsável. É pastor que permite a entrada de lobos devoradores que destroem o seu rebanho.

Deus quer que sejamos zelosos do bem e da verdade; mas zelosos com entendimento. Ele quer que saibamos discernir entre o trigo e o joio. Esperamos ter contribuído para corrigir e evitar esses males; ou pelo menos ter alertado aos amados irmãos da igreja do Senhor.

Fonte: Graça Maior
* Com alterações.

Como se tornar rico.



Joseph M. Stowell



Acho interessante que Jesus tenha ensinado mais sobre dinheiro do que qualquer outro assunto. E Ele não estava tentando esconder o tesouro. Tanto quanto sabemos, Ele não pediu uma oferta sequer. Ele ensinou extensivamente sobre este assunto, porque nada obstrui mais rapidamente as nossas artérias espirituais do que o dinheiro – ao trabalharmos para ter uma fortuna ou ao desejarmos obtê-la.


Pense no homem que descaradamente pediu a Jesus: “Mestre, ordena a meu irmão que reparta comigo a herança” (Lucas 12:13). Incrível! Ele teve uma chance de “acertar em cheio” como Jesus, mas ao invés disso ele queria ter bolsos cheios.


Jesus respondeu com uma afirmação chocante, um contrasenso: “Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui” (Lucas 12:15). Ele então prosseguiu contando a parábola do homem rico que era muito bem-sucedido do ponto de vista humano – fez muitas colheitas e precisava construir celeiros cada vez maiores – mas que, aos olhos de Deus, era na verdade um “tolo”, não porque era rico; mas porque ele não era rico em relação a Deus.


Você ouvirá muitos conselhos sobre como se tornar rico. Mas somente Jesus nos aconselha diretamente. E não nos aconselha sobre o dinheiro, mas sobre a riqueza do nosso relacionamento com Ele e a alegria de transformar nossa avareza em generosidade.


Fonte: MENSAGENS Q EDIFICAM



A Responsabilidade do Homem e da Mulher no casamento



Por Ralffer Barbosa

Graça e Paz, caros irmãos e irmãs em Cristo e aqueles que ainda não se voltaram para o Evangelho.

Minha namorada indicou os vídeos abaixo para mim e eu gostei muito do que ouvi.

Apesar das últimas coisas que temos visto e ouvido, vindas do homem que prega nos vídeos abaixo, pude ver que a mensagem foi muito bem preparada e estudada e se identifica com a Palavra de Deus. Aliás, o homem que fala na mensagem, a meu ver, sempre foi um homem de Deus, mensageiro de muitas coisas boas e verdadeiro defensor do evagelho de Jesus.

Inclusive, peço aos irmãos que estejam orando pelo homem que aparece nos vídeos, intercedendo por sua vida, pois como todos nós, é falho, humano, pecador e carece da Graça de Deus. Tem defeitos como todos nós e também é passível de falhas. Apesar das críticas que às vezes fazemos a ele, temos que lembrar que Jesus também veio para ele, assim como para nós.





Quanto à mensagem, trata-se de uma pregação muito boa que fala a respeito da 'responsabilidade do homem e da mulher no casamento. O pastor faz uma análise de vários aspectos da vida do casal, deles com os filhos, deles para com Deus e manuseia com muita sabedoria a Palavra de Deus.

Espero que ensine, edifique, corrija, exorte e ajude os casais, velhos e novos, a melhorarem o convívio, a aprimorarem a relação, a contruir um lar feliz que sirva ao nosso Senhor.

Um Pastor com Coragem!




Por Sérgio Pessoa.

Eu acho que você vai gostar dessa interessante oração feita em Kansas na sessão de abertura do Senado deles. Parece que oração ainda chateia algumas pessoas. Quando pediram para o ministro Joe Wright abrir a nova sessão do Senado de Kansas, todos estavam esperando o tradicional discurso, mas isso foi o que eles ouviram:)




Pai celeste, nós estamos diante de Ti hoje para pedir Seu perdão e para buscar Sua direção e liderança.

Nós sabemos que Sua palavra diz, 'Cuidado com aqueles que chamam o mal de bem,' mas isto é exatamente o que temos feito. Nós perdemos nosso equilíbrio espiritual e revertemos nossos valores.

Nós exploramos os pobres e chamamos isso de loteria.
Nós recompensamos preguiça e chamamos isso de bem-estar.
Nós cometemos aborto e chamamos isso de escolha.
Nós matamos os que são a favor do aborto e chamamos de justificável.
Nós negligenciamos a disciplina de nossos filhos e chamamos isso de construção de auto-estima.
Nós abusamos do poder e chamamos isso de política.
Nós invejamos as coisas dos outros e chamamos isso de ambição.
Nós ridicularizamos os valores dos nossos antepassados e chamamos isso de iluminismo.

Sonda-nos, oh, Deus, e conhece os nossos corações hoje; nos limpa de todo pecado e nos liberta.

Amém!'
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A resposta foi imediata.
Um número de legisladores saíram durante a oração em forma de protesto. Em 6 semanas, a igreja chamada Central Christian Church, onde o Rev. Wright é pastor, recebeu mais que 5.000 ligações e somente 47 foram negativas. A igreja agora está recebendo pedidos internacionais pelas cópias desta oração como a Índia, África e Coréia.

O comentarista Paul Harvey colocou essa oração no ar no seu programa de rádio, 'O Resto da História', e recebeu o maior índice de ouvintes que o seu programa já teve.

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